quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

PERIODIZAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM ACADEMIAS: Conceitos Iniciais


PERIODIZAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM ACADEMIAS: Conceitos Iniciais
Caros colegas, acredito que um dos nossos grandes desafios na prescrição da musculação em academias é o planejamento/periodização da musculação em academias. Ouço sempre dos profissionais de Educação Física diversos motivos para essa baixa utilização da periodização em academias, incluindo o tempo investido para elaboração de uma periodização, a rotatividade de clientes, o número de profissionais para número de alunos/clientes, a eficácia da periodização, entre outros.

Iniciarei uma série de Posts (iniciando por esse) para apresentar os conceitos, motivos, vantagens/desvantagens e os modelos de periodização que podem ser aplicados em academias. Tenho utilizado estes modelos, sobretudo o ondulatório no treinamento personalizado, mas farei uma abordagem que facilite a utilização destes modelos por profissionais que atuam em sala de musculação...

Neste primeiro Post discutirei tecnicamente sobre alguns conceitos e motivos para utilizarmos a periodização.



Maiores detalhes poderão ser encontrados no livro: Prescrição e Periodização do Treinamento de Força em Academias. Editora Manole. Autores: Jonato Prestes, Denis Foschini, Paulo Marchetti e Mario Charro

PERIODIZAÇÃO, alguns conceitos...



Segundo Fleck (1999), a periodização do treinamento de força (musculação) consiste nas alteração das variáveis do programa em intervalos de tempo regulares, com a intenção de induzir ganhos ótimos de força, potência, desempenho motor e/ou hipertrofia muscular.

O planejamento do treinamento existe desde os Jogos Olímpicos da Antigüidade, quando o manual para o treinamento atlético e ginástico foi escrito por Flavius Philostratus (170 a 245 a.C.). Os primeiros modelos de periodização foram aplicados por levantadores de peso do leste europeu, referindo-se a mudanças nas sessões de treino ao longo do tempo que permitiam uma melhor recuperação e conseqüentemente maiores ganhos de força (RHEA et al., 2003).

O desenvolvimento do método de periodizar teve como base a síndrome geral da adaptação de Selye (SCHIOTZ et al., 1998). O Dr. Hans Selye propôs que o organismo tem a capacidade de adaptar-se a situações de estresse aumentado, como por exemplo, alterações nas cargas de um programa de exercícios. Este processo, a síndrome geral da adaptação, desenvolve-se em três estágios: 1) reações de alarme (excitação); 2) reações de resistência (dependem do tempo em que duram os estímulos e provocam adaptações) e 3) reações de exaustão (são determinadas quando o organismo não suporta por mais tempo o processo de superação do estímulo e podem causar danos) (NEYLAN e SELYE, 1998).

Em resumo, periodizar a musculação em academias quer dizer planejar a variação do volume e da intensidade do treinamento, sem esquecer dos períodos de descanso, da nutrição, do sono, etc... com objetivo básico de otimizar os resultados dos nossos clientes. Contudo, penso que a periodização também pode facilitar a retenção de clientes em academias (pois, em geral, os clientes passam a esperar os resultados em prazos mais longos), pode minimizar o platô psicológico, tornando o processo mais dinâmicos.

Agora, pensaremos nestes e outros motivos para adotar a periodização em academias...

Por que periodizar?

Como indicado anteriormente, a periodização se adéqua a necessidade do treinamento e de suas variáveis, potencializando o resultado. Por conseguinte, melhores resultados são obtidos devido à organização da variedade de métodos existentes, pela implementação estratégica das fases e das cargas específicas, causando alternância nos estímulos. Um exemplo prático é a estabilização dos ganhos hipertróficos observados após quatro a cinco meses de treinamento quando se utilizam cargas fixas, três séries de 10 repetições máximas (RM) durante todo o período. Na periodização o aluno iniciante de academia pode ser submetido a uma carga de hipertrofia por quatro semanas, 3 x 12-14RM, seguido de mais quatro semanas com outra carga de hipertrofia em outra intensidade, por exemplo, 3 x 8-10RM. Resumindo, o praticante treinará para atingir seus objetivos, mas com cargas variadas durante o seu ciclo semestral ou anual, não esquecendo que os ciclos (tempo em que a carga será realizada) devem ser respeitados. Enfim, periodizar não envolve apenas modificar as variáveis do treinamento de maneira aleatória, e sim respeitar as modificações de acordo com os ciclos programados.

Vale ressaltar que a periodização não é um conceito rígido, podendo ser utilizado nas mais variadas populações, como atletas de diversas modalidades, indivíduos ativos e sedentários, considerando os diferentes compromissos pessoais e profissionais. No caso dos praticantes de treinamento de força em academias e alunos de treinamento personalizado, os objetivos podem ser ganhos de aptidão física voltada a saúde, como emagrecimento, aumento de força, resistência, flexibilidade, aumento da massa magra, entre outros.

Na comparação entre programas periodizados e não periodizados, foi mostrado à superioridade do treinamento periodizado em aumentar a força muscular, quando comparado ao não periodizado (RHEA e ALDERMAN, 2004). De fato, estudos que compararam treinamentos de força periodizados com os não periodizados evidenciaram que a periodização foi mais eficiente em promover alterações positivas nos componentes da composição corporal e da força máxima (KRAEMER et al., 2004; RHEA e ALDERMAN, 2004). Mesmo os programas não periodizados com cargas fixas promovem alterações positivas na composição corporal e força, porém por períodos limitados, até quatro a cinco meses. Deste modo, periodizar auxilia no processo de ganho de capacidade funcional por períodos superiores a seis meses.

Os programas de treinamento de força periodizados com variação da intensidade e períodos ativos de descanso podem reduzir a estabilização dos resultados na performance, diminuindo a probabilidade de sobretreinamento e proporcionando maiores aumentos na força e na potência (HERRICK e STONE, 1996).

Os objetivos da periodização incluem maximizar o princípio da sobrecarga e garantir uma melhor relação entre estresse/recuperação. O princípio da sobrecarga pode ser descrito pelo processo de aplicação de cargas que o sistema neuromuscular não está adaptado (RHEA et al., 2002). Quando maiores demandas são impostas ao sistema neuromuscular, ocorrem adaptações que resultam em níveis aumentados de força (STONE, O’BRYANT, e GARHAMMER, 1981).

As variáveis do treinamento que podem ser manipuladas para otimizar o programa incluem: número de séries realizadas em cada exercício, número de repetições por série, exercícios realizados, número de exercícios realizados a cada sessão, períodos de descanso entre as séries e exercícios, sobrecarga utilizada a cada série, tipo e velocidade da ação muscular utilizada (concêntrica, excêntrica, isométrica), número de sessões de treinamento realizadas por dia e semana. Conforme comentado acima, o treinamento de força em academias também requer a organização em ciclos, nos quais as suas variáveis serão organizadas.

Acompanhem os próximos Posts porquê “conversaremos” sobre a eficácia e forma de aplicação de alguns modelos de periodização da musculação em academias...



Referências Bibliográficas

FLECK, S J. Periodized strength and strength training: a critical review. J Strength Cond Res, v.13, n.1, p.82-89, 1999.

HERRICK, A B; STONE, W J. The effects of periodization versus progressive resistance exercise on upper and lower body strength in women. J Strength Cond Res v.10, n. 2, p.72-76,1996



KRAEMER, W J; HÄKKINEN, K. Treinamento de força para o esporte. 1 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.



KRAEMER, W J; NINDL, B C; RATAMESS, N A; GOTSHALK, L A; VOLEK, J S; FLECK, S J; NEWTON, R U; HÄKKINEN, K. Changes in muscle hypertrophy in women with periodized resistance training. Med Sci Sports Exerc, v.36, n.4, p.697–708, 2004.

NEYLAN, T C; SELYE, H. Hans Selye and the Field of Stress Research. J Neuropsychiatry, v.10, n.2, p.230-231, 1998.



RHEA, M R; BALL, S B; PHILLIPS, W T; BURKETT, L N. A comparison of linear and daily undulating periodization with equated volume and intensity for strength. J Strength Cond Res, v.16, p.250–255, 2002.

RHEA, M R; PHILLIPS, W T; BURKETT, L N; STONE, W J; BALL, S B; ALVAR, B A; THOMAS, A B. A comparison of linear and daily undulating periodized programs with equated volume and intensity for local muscular endurance. J Strength Cond Res, v.17, n.1, p.82–87, 2003.

RHEA, M R; ALDERMAN, B L. A meta-analysis of periodized versus nonperiodized strength and power training programs. Res Q Exerc Sport, v. 75, n. 4, p. 413- 422, 2004.

RHEA, M R. Determining the magnitude of treatment effects in trength Training research through the use of the effect size. J Strength Cond Res, v. 18, n.4, p. 918-920, 2004.

SCHIOTZ, M K; POTTEIGER, J A; HUNTSINGER P G; DENMARK, DC. The short-term effects of periodized and constant-intensity training on body composition, strength and performance. J Strength Cond Res, v.12, n.3, p.173–178, 1998.

STONE, M H; O’BRYANT, H S; GARHAMMER, J. A hypothetical model for strength training. J Sports Med Phys Fitness, v.21, n.336, p.342–351, 1981.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Personal Trainer dá dicas para as atrasadinhas entrarem em formas


Personal Trainer dá dicas para as atrasadinhas entrarem em formas

Todo ano ela faz tudo sempre igual, abandona a academia durante o inverno e, depois, quer ficar em forma em pouquíssimas semanas, bem na última hora. Afinal, é quase verão e com as altas temperaturas todos acabam por expor mais o corpo, de preferência na praia ou piscina, quando os pneuzinhos e celulites não conseguem ser escondidos.

Para as atrasadinhas de plantão, a boa noticia é que para grande parte dessas pessoas - que precisam perder até 5 k -, ainda dá tempo! No entanto, é preciso estar preparada para promover uma mudança radical no estilo de vida e, para isso, disciplina, reeducação alimentar e, claro, aumento na frequência de treinos não pode faltar.

Curtiu a dica e quer saber como? O personal trainer e fisiologista Jader Calzavara Junior, dá uma série de sugestões para você entrar em forma em tempo recorde:

Aumente seus treinos semanais - Como o tempo até o verão é curto, a atividade física pode ser realizada de cinco a sete vezes por semana. A duração dos treinos não deve ultrapassar 1h30. Acima disso, o desempenho pode ser comprometido, assim como a disposição para o treino no dia seguinte. Se seu objetivo for definição muscular, procure intercalar as atividades de força (musculação, ginástica localizada, treinamento funcional e pilates) com os exercícios aeróbicos (corrida, natação, artes marciais, bicicleta).

Mude radicalmente seu estilo de vida - Não adianta nada ir treinar e continuar com hábitos negativos. Por isso, mude agora mesmo as suas atividades cotidianas e deixe-a mais movimentada: ande mais, troque o elevador pela escada, deixe de usar o carro em excesso - se for para ir até a padaria, vá a pé -, abandone as compras online, e inclua na sua rotina atividades que faça você se movimentar cada vez mais. Procure ser o mais ativo possível no trabalho e na sua casa, essa atitude vai lhe trazer um maior gasto energético e, de quebra, ajudar muito no resultado final.

Alimente-se melhor! - Essa é uma mudança primordial. Se seu objetivo é emagrecer, não adianta nada gastar 500 calorias em uma sessão de treino e ingerir 1000 em uma refeição logo depois. Procure se alimentar de três em três horas, evite frituras, refrigerantes e comidas gordurosas, principalmente à noite. Seja fiel ao seu planejamento, principalmente nos fins de semana. Se necessário evite até frequentar lugares que te levem para o caminho das guloseimas como docerias, padarias e bares, por exemplo.

Okay, sabemos que a mudança de comportamento não é fácil e é preciso paciência e persistência. Mas, muita calma para a obtenção de resultados, vilamigas, vale lembrar que, se o ano inteiro não foi fácil, agora será menos ainda. Entretanto, em alguns casos, essas mudanças mais severas podem ser o empurrão que faltava para você mudar definitivamente seus hábitos e conquistar as curvas tão desejadas.



Estalos só preocupam quando causam dor


Estalos só preocupam quando causam dor

Barulho não vem dos ossos, mas do líquido no interior das articulações.

Quando percebe, você já começou o trec-trec. Os estalos são um hábito na rotina de muitas pessoas, que adoram ouvir os barulhos das esticadas e dos contorcionismos nos dedos e na coluna (há até quem adore estalar o pescoço).


Segundo o ortopedista Alberto Tesconi Croci, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, a brincadeira não traz motivo de preocupação. "Se não causam dor, os ressaltos (como os médicos chamam os estalos) não precisam ser vistos como um problema. Trata-se de uma reação natural do organismo a um estímulo", diz o médico.

O barulho que você escuta ao puxar os dedos, por exemplo, é resultado de uma diferença de pressão. "O líquido que está de um dos lados da articulação para passa para o outro lado quando você estica ou pressiona alguma parte do corpo. É desta passagem que vem o barulho", explica o ortopedista.

É por isso que, logo depois de um estalo, dificilmente você consegue repeti-lo com a mesma intensidade. É preciso esperar alguns minutos para que o líquido volte a se acumular, gerando a diferença de pressão novamente.

A cena repete-se no caso da coluna, formada por uma série de pequenas articulações. O movimento do fluido sinovial, contido nestas articulações, causa os estalidos que você escuta quando torce o tronco ou quando se estica para trás ou para frente.

E nem precisa se incomodar: os estalos não engrossam os dedos, como pensa muita gente. Segundo o médico, as articulações ficam mais grossas com a idade, independente se há ou não ressaltos.

Mas nem todos os estalos estão ligados às articulações. Alguns deles ocorrem nas chamadas fáscias (camadas mais profundas da musculatura). Quando é estimulada de forma abrupta, principalmente em pessoas sedentárias, a fáscia gera os estalos (porque, dentro dela, também há um líquido semelhante àquele contido nas articulações). "A diferença aqui é que, normalmente, há dor neste tipo de ressalto. Ele acontece nos movimentos bruscos da escápula e dos ombros, por exemplo".

Nas situações em que há dor, é importante buscar ajuda de um ortopedista. Isso porque o especialista vai fazer mais do que aliviar o desconforto, ele consegue descobrir por que a dor apareceu e dar um jeito para que isso não ocorra novamente. "Além de analgésico, geralmente receitamos uma compressa de gelo para aplicar no local", diz o ortopedista do Hospital Beneficência Portuguesa.


Muito comum entre os adolescentes, os estalos também podem ser resultado do chamado estirão de crescimento: nessa situação, os músculos são menores do que deveriam e não acompanham o crescimento ósseo, daí as dores e os estalos. "Se o adolescente estiver com sobrepeso, recomendamos uma dieta (assim as articulações deixam de ser tão forçadas) e também é necessário o acompanhamento de um fisioterapeuta para que ele estimule o alongamento muscular", diz o médico. "Mas este alongamento tem de ser constante e aos poucos, para não haver lesões ou mais dores. Qualquer trabalho de hipertrofia também deve ser suspenso nesta fase ou aumentam as dores e o desequilíbrio".

Pondo a coluna no lugar 
Se você já fez alguma aula de educação física ou frequenta a academia, certamente já se deitou num colchonete à espera das estaladas que o professor daria na sua coluna, sob a justificativa de colocá-la no lugar.

Na próxima vez que ouvir o convite, recuse. Ninguém ajusta a coluna com a pressão das mãos. Um terço da população brasileira tem escoliose e o ser humano não é simétrico, pessoas destras tendem a ter braços e pernas do lado direito maiores e isso não chega a ser um problema, afirma o ortopedista.

Mas e se for? Então procure um médico, que vai dar as orientações corretas para resolver, sem riscos de que um desconforto acabe se tornando motivo de dor de cabeça, como uma lesão mais séria em alguma das vértebras .

Para quem pedir ajuda? 
Você pode marcar uma consulta com um ortopedista ou com um fisiatra. Os dois são médicos por formação e entendem tudo sobre o funcionamento do sistema músculo-esquelético.

"A diferença é que o ortopedista, além da prática clínica, pode realizar cirurgias. Já o fisiatra está apto a agir na reabilitação dos pacientes", diz o ortopedista.

Sem exageros
Realizados de vez em quando, os estalos não chegam a ser um problema. Mas repetir demais os movimentos pode comprometer a sua força. "Não existe ligação aparente entre o estalo de articulações e a artrite.

Entretanto, pessoas que têm o hábito de estalar os dedos apresentaram sinais de outros tipos de danos, incluindo lesão nos tecidos moles e até da cápsula articular, além de diminuição da força.

Essa lesão provavelmente resulta do alongamento rápido e repetido dos ligamentos que circundam a articulação", afirma o traumatologista Moisés Cohen, diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

Relaxando 
Quando as articulações são manipuladas, os órgãos do tendão de Golgi (um conjunto de terminações nervosas envolvidas no movimento) são estimulados e os músculos em torno da articulação relaxam.

"Esse é um dos motivos que explica por que algumas pessoas sentem prazer ao estalar uma articulação. Coluna vertebral, joelhos, cotovelos e todas as outras articulações de movimentação estão sujeitas ao mesmo tipo de manipulação que os nós dos dedos", afirma o médico traumatologista.

Fonte: Minha Vida

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


Especialistas dão dicas de quais serão as tendências fitness 2013



especialistas-dao-dicas-de-quais-serao-as-tendencias-fitness-2013

A busca por mais qualidade de vida dita tendências para as atividades físicas no novo ano. 

A busca pelo corpo sarado não tem sido mais o grande foco da maioria dos frequentadores de academia. Afinal, com tantas campanhas e o incentivo da mídia, a saúde e a qualidade de vida têm sido as buscas de pessoas que estão cansadas da rotina estressante e do comprometimento que ela traz à saúde. Para o próximo ano, a busca pelo bem-estar se mantém e as atividades que proporcionem prazer e lazer são tendências fortes do mercado.

O professor Msd. Cauê La Scala Teixeira, chefe da Seção de Avaliação Física da Prefeitura de Santos (SP) e docente universitário conta que anualmente o Colégio Americano de Medicina do Esporte publica em uma de suas revistas um artigo com as novidades fitness do ano seguinte. Fruto de uma pesquisa feita com profissionais do mundo todo, o artigo que indica o que vem para 2013 foi divulgado em novembro, após entrevistar 3.346 profissionais, que listaram como “top 20” os seguintes itens:

1 – qualificação profissional;
2 – treinamento resistido ou de força – “No Brasil, o local mais comum de aplicação é a musculação”, explica Teixeira;
3 – treinamento com o peso corporal;
4 – crianças e obesidade infantil;
5 – exercícios de emagrecimento;
6 – programas de aptidão para idosos;
7 – personal training;
8 – treinamento funcional;
9 – treinamento do core;
10 – personal training em pequenos grupos;
11 – promoção de saúde no ambiente de trabalho;
12 – atividades de dança;
13 – atividades ao ar livre;
14 – yoga;
15 – programas de incentivo a hábitos saudáveis direcionados aos trabalhadores;
16 – treinamento no “estilo” militar;
17 – avaliação física (acompanhamento dos resultados);
18 – treinamento em circuito;
19 – programas de marketing sobre fitness;
20 – coach de bem-estar


“Segundo dados da pesquisa da VIGITEL (2011), no Brasil 30,3% da população é ativa fisicamente, no entanto, de acordo com a Associação Brasileira de Academias, apenas cerca de 3% da população frequenta academias e, aproximadamente 27% está fazendo atividades físicas fora das academias”, destaca Teixeira, que acredita que os profissionais de Educação Física devam desenvolver estratégias para atender as pessoas que estão treinando em ambientes diferentes, no intuito de proporcionar maiores benefícios às saúdes dessas pessoas.

Cris Santos, diretora da BrainFit revitalização profissional, MBA em gestão de Pessoas, Coach e analista DISC indica ainda que a tecnologia tem sido outra grande tendência para o ano que vai chegar, já que diversos programas e aplicativos eletrônicos possibilitam o acompanhamento e a prescrição de treinos para seus usuários, o que gera uma maior movimentação por parte dos profissionais de Educação Física quanto à necessidade de qualificação. “O profissional tem que ficar atento que quem rouba seu lugar é a tecnologia. Tem de estar a par do que acontece no mercado porque o cliente busca o que é ágil”, conta. Cris aposta também em modalidades como Insanity, Cross Fit, zumba, yoga, funcional, core, kinesis, estúdios de pilates e funcional com plataformas vibratórias, tiras de suspensão, bozu etc. “E outra grande tendência são as academias butique, que são bonitas e aconchegantes para que o usuário se sinta em casa. É a junção do belo e do fitness.”

O personal trainer Luiz Antônio Domingues Filho, de Santos (SP), conta que brasileiro adora novidade e elege a canoa havaiana, o stand up, o thriatlon indoor e o ciclismo de estrada como algumas tendências pro novo ano. 

De olho em tantas novidades, que seguem a evolução da ciência fitness, o Portal da Educação Física conversou com diversos profissionais do ramo das principais tendências para descobrir um pouco mais sobre esses ramos em ascensão para 2013. Confira abaixo as dicas dos especialistas.


Qualificação profissional 

Quem indica: Cris Santos, diretora da BrainFit - revitalização profissional (www.brainfit.com.br) 

Reações do mercado: Maior procura por parte dos gestores principalmente por elementos de gestão de pessoas. 

Acessórios: O uso da tecnologia, em especial alguns aplicativos têm levado o profissional de Educação Física à necessidade de buscar mais qualificação profissional para se manter no mercado com agilidade 

Público-alvo: Gestores de academia e profissionais de Educação Física que buscam a gestão de pessoas e de tempo na vida e na empresa, estratégia de negócios, coaching de carreira etc 

Usar para o mercado wellness: Ajudar profissionais e clientes a melhorarem sua performance física para melhorarem em outros segmentos. Cris lembra que criatividade, conhecimento, bons resultados na saúde têm a ver também com o desempenho do corpo.

Adaptações e novidades: Combinar as ferramentas de coach e tecnologia para criar bons treinamentos e gerir pessoas - incluindo o cliente, para que ele queira continuar o trabalho com o profissional.

Para aprender mais em 2013: Cris indica que os profissionais de Educação Física busquem formações complementares às suas. Assim, estudar comportamento humano, DISC, ajudam a lidar com pessoas; marketing etc para agregar valor à sua formação 

Personal trainer em grupo

Quem indica:  Luiz Antônio Domingues Filho, personal trainer, palestrante e autor de diversos livros (www.informaluiz.com.br)

Reações do mercado: As ilhas de personais nas academias devem diminuir, pois muitos têm seu próprio estúdio. As pessoas têm buscado cada vez mais o trabalho individualizado, personalizado e, segundo Domingues Filho, há falta de personais no mercado

Acessórios: Cross core, segundo Domingues Filho, tem ganhado destaque pela opção de rotação até 180°
Público-alvo: Pessoas com patologias, como hipertensão e diabetes, estressados e com problemas posturais
Usar para o mercado wellness: "Elevando a credibilidade e reconhecimento da sociedade perante a profissão. Hoje o personal trainer é um formador de opnião e de estilo de vida", diz Domingues Filho

Adaptações e novidades: Personais especialisas em um único tipo de público (mulher na menopausa e sobrepeso, homens hipertensos primários e secundários etc). Além do lançamento de um produto/serviço que vai oferecer assessorias contábil, jurídica e técnica, assistências médica e ondotológica, seguro, software de gestão, assessoria online e muito mais, que será tema de uma palestra de Domingues Filho no CREF-SP dia 19 de janeiro

Para aprender mais em 2013: Não parar de estudar, fazer cursos constantes de atualização, buscar a criatividade na prática de exercícios e fazer cursos de gestão de negócios para poder gerir seu tempo e suas finanças como se fosse uma empresa.

Terceira idade

Quem indica: Mauro Guiselini, autor de 29 livros, dentre os quais "Novo velho, olhares e perspectivas" (www.institutomauroguiselini.com.br)

Reações do mercado: Maior procura por especialização por parte dos profissionais e maior procura das atividades pela população.

Acessórios: Podem ser usados na combinação dos exercícios. Halteres, medicine ball etc

Público-alvo: Homens e mulheres acima dos 60 anos

Usar para o mercado wellness: Melhora da força, equlíbrio, auto-estima. Os idosos ganham autonomia para os movimentos do dia a dia

Adaptações e novidades: Combinação de exercícios mono e multiarticulares; prática de exercícios de pé, mudança de base de apoio etc

Para aprender mais em 2013: Segundo Guiselini, universidades como a Gama Filho e a USP contam com cursos de pós-graduação focados na terceira idade

Exercícios pra emagrecer

Quem indica: Artur Monteiro, coordenador dos cursos de pós-graduação da Universidade Gama Filho e autor de seis livros sobre exercícios (www.arturmonteiro.com.br)

Reações do mercado: Monteiro conta que costuma ver as pessoas procurando as dietas "hollywoodianas" ao invés do esforço dos exercícios e propõe, como mudança, começar com exercícios leves até atingir a intensidade necessária para o emagrecimento

Acessórios: Tais exercícios podem ser feitos com corrida, musculação, treino funcional etc, usando os mesmos acessórios, desde que o profissional de Educação Física tenha conhecimento de como aumentar a intensidade do exercício

Público-alvo: Quem já gosta de se exercitar

Usar para o mercado wellness: Bem-estar, emagrecimento, melhora das doenças cardíacas e metabólicas e suas consequências, levando maior motivação para a continuação do treinamento quando realizada em ambientes externos como parques, praias e praças.

Adaptações e novidades: Busca por treinamentos mais curtos e mais intensos para emagrecer, como o Insanity, por exemplo, ao invés das caminhadas e corridas leves que, antigamente, eram indicadas para a perda de peso

Para aprender mais em 2013: Há diversos livros e cursos que podem ser feitos. Monteiro aborda o assunto também em seu blog, no qual oferece uma agenda de cursos sobre os exercícios emagrecedores

Obesidade infantil

Quem indica: Raul Junior (Tio Chambinho) professor especialista em recreação infantil (www.tiochambinho.com.br)

Reações do mercado: Maior procura principalmente por parte dos pais, que se preocupam com a saúde e o bem-estar das crianças. E as crianças, segundo Chambinho, são bastante exigentes!

Acessórios: Aumento de brincadeiras do tipo circo e treinamento funcional. Os mesmos acessórios podem ser adaptados para as crianças e, preferencialmente, se forem lúdicos, para terem boa aceitação pela turminha

Público-alvo: Crianças de todas as idades. Segundo Chambinho, ainda no ventre da mãe os exercícios podem começar a ser feitos.

Usar para o mercado wellness: Segundo Chambinho, as crianças estão perdendo funcionalidades fundamentais do desenvolvimento: "há pouco tempo, elas pulavam muro, subiam em árvores. Hoje não fazem isso e, quando na aula de educação física, vamos trabalhar saltos, por exemplo, percebe se uma limitação considerável"

Adaptações e novidades: Dos exercícios do treinamento funcional para as crianças, por exemplo

Para aprender mais em 2013: Há diversos cursos de especialização sobre como trabalhar com crianças. No site www.tiochambinho.com.br, por exemplo, há uma agenda de cursos e palestras

 
Musculação

Quem indica: Luis Claudio Bossi, autor de diversos livros e professor da pós-graduação de universidades como FMU e Gama Filho

Reações do mercado: "Musculação traz resultado e o mercado reage sempre bem", diz Bossi, que vê na busca do corpo atlético e não mais bombado a nova tendência

Acessórios: Kettlebell, medicine ball etc

Público-alvo: Terceira idade, que tem procurado para melhorar a perda de massa óssea; homens e mulheres de idades variadas em busca de melhor condicionamento físico

Usar para o mercado wellness: Bossi destaca que pela necessidade de uma alimentação mais balanceada para poder ver os resultados, a qualidade de vida como um todo melhora

Adaptações e novidades: Vai se tornar mais intensa, com intervalos menores e cargas maiores, puxando mais para o treinamento funcional

Para aprender mais em 2013: Praticar para saber o que prescrever, buscar cursos de pós-graduação em musculação ou treinamento esportivo. Bossi também recomenda a leitura e, ele mesmo, é autor de livros como "Treinamento funcional na Musculação", “Periodização na Musculação”, “Ensinando Musculação”, entre outros.

Peso do corpo

Quem indica: Caue La Scala, professor Msd., chefe da Seção de Avaliação Física da Prefeitura de Santos (SP) e docente universitário (www.caueteixeira.com.br)

Reações do mercado: Cauê realizou uma pesquisa com 108 personal trainers e constatou a boa aceitação, sendo que 46,3% dos profissionais da amostra utilizavam o método e 84% deles percebiam um nível de satisfação de seus alunos entre bom e muito bom.

Acessórios: Cabo de vassoura, toalha, colchonete, cadeira, steps, barras, anilhas, halteres, caneleiras, elásticos etc podem ser usados

Público-alvo: Pessoas que querem malhar, mas não necessariamente querem frequentar uma academia

Usar para o mercado wellness: Massificação do exercício sem que a pessoa precise ir até a academia, podendo ser praticado em qualquer local e horário. Também favorece e fortalece o trabalho do personal trainer

Adaptações e novidades: "Combinação com outros métodos como o uso de materiais alternativos (câmaras de ar de bicicleta, garrafas pet com areia ou água etc); treinamento resistido manual e autorresistência

Para aprender mais em 2013: "Livro “Treinamento resistido manual: a musculação sem equipamentos”, de Cauê La Scala Teixeira, que tem desenvolvido pesquisas sobre o assunto; artigos e publicações em sites estrangeiros em inglês; e o site www.treinamentoresistidomanual.wordpress.com.br, que traz informações, vídeos etc

sábado, 15 de dezembro de 2012


Sedentarismo mata tanto quanto cigarro, diz estudo:

Um estudo divulgado a poucos dias do início das Olimpíadas diz que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo.
A pesquisa, publicada na revista médica Lancet, estima que um terço dos adultos não têm praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.
A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon, diz o estudo.
Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma pandemia.
Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.
Segundo a equipe de 33 pesquisadores vindos de centros de vários países diferentes, os governos deveriam desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura.
Um dos coordenadores da pesquisa é Pedro Hallal da Universidade Federal de Pelotas. 'Com as Olimpíadas 2012, esporte e atividade física vão atrair uma tremenda atenção mundial, mas apesar do mundo assistir a competição de atletas de elite de muitos países, a maioria dos espectadores será de sedentários,' diz ele.
'O desafio global é claro: tornar a prática de atividades físicas como uma prioridade em todo o mundo para aumentar o nível de saúde e reduzir o risco de doenças'.
No entanto, a comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas.
Se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, o número de fumantes é bem menor do que o de sedentários, tornando o tabaco muito mais perigoso.
Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, 'quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer'.
América Latina
Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon. No Brasil, esse número sobe para 13,2%.
Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. O com a população menos sedentária é a Guatemala.
A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer de cólon.
No Brasil, ela é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.
A doutora I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, assinalou que todos esses casos poderiam ter sido prevenidos se a população de cada país e cada região fosse mais fisicamente ativa.
Ela diz que na região das Américas poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer de cólon.
Desafio global
É recomendado que adultos façam 150 minutos de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem, toda a semana.
O estudo indica que as pessoas que vivem em países com alta renda per capita são as menos ativas. Entre os piores casos está a Grã-Bretanha, onde dois terços da população não se exercitam regularmente.
A presidente da Faculty of Public Health, órgão que formula políticas e normas de saúde pública da Grã-Bretanha, professora Lindsey Davies, diz que 'precisamos fazer o possível para que as pessoas cuidem da sua saúde e façam atividade física como parte da vida cotidiana'.
'O ambiente em que vivemos tem um papel importante. Por exemplo, pessoas que se sintam inseguras no parque mais próximo vão evitar de usá-lo.'
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC